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domingo, 23 de março de 2014

O Galo de Barcelos

Hoje é do Galo de Barcelos que vos falo, este é sem dúvida um símbolo desta cidade mas também um símbolo nacional que leva o nome da cidade de Barcelos, e de Portugal, além fronteiras.
 
A lenda do galo de Barcelos está associada ao cruzeiro medieval que faz parte do espólio do Museu Arqueológico da cidade. Segundo esta lenda, os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, com o facto de não se ter descoberto o criminoso que o cometera. Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo, apesar dos seus juramentos de inocência, foi considerado autor do referido crime. Ninguém acreditava que o galego se dirigisse a Santiago de Compostela, em cumprimento de uma promessa, nem que fosse fervoroso devoto de S.Tiago, S.Paulo e de Nossa Senhora. Por isso, conforme era comum na idade medieval, foi condenado à forca. antes de ser enforcado, pediu que o à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado que, nesse momento, se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa, exclamando: "é tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem". Risos e comentários não se fizeram esperar mas, pelo sim pelo não, ninguém tocou no galo. O que parecia impossível tornou-se, porém, realidade!
Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Já ninguém duvidava das afirmações de inocência do condenado. O juiz correu para a forca e viu, com espanto, o pobre homem de corda ao pescoço. Todavia o nó lasso impedia o estrangulamento. Imediatamente solto o peregrino continuou o seu caminho de peregrinação. Volvidos alguns anos voltou a Barcelos e fez erguer o monumento (Cruzeiro do Galo) em louvor a S.Tiago e à Virgem.
E pronto, o Galo de Barcelos assim se tornou um símbolo da cidade, e ao longo dos tempos são muitos os artesãos que lhe vão dando as mais variadas formas, cores e tamanhos, e para além do barro também outros materiais vão sendo utilizados no seu fabrico, como é o caso da imagens em baixo onde foram utilizadas pinhas.









  

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